Nesta terça-feira os judeus comemoram o dia em que Deus criou Adão e Eva, também conhecido por Rosh Hashaná (cabeça do ano, em hebraico). Para os judeus esta é uma das datas mais importantes do calendário, porque de acordo com o Talmud (livro sagrado do judaísmo), é neste dia que Deus julga as pessoas, colocando na balança suas ações. Espera-se sempre que a balança penda para o lado certo, o que significaria a inscrição no Livro Divino da Vida e das Bençãos. Entretanto, como todo julgamento emocionante, o veredito não é dado no mesmo dia. De acordo com os ensinamentos hebraicos, Deus nos dá dez dias antes de tomar sua decisão final: são os chamados dias temíveis, que culminam com o Yom Kipur (Dia do Perdão), dia em que o destino de cada um é selado para o ano todo. Neste dia é costume abster-se de qualquer forma de conforto, incluindo a alimentação e o banho. O dia todo é dedicado à oração e à meditação, numa tentativa de reconciliação com os valores que normalmente vamos deixando de lado durante o ano.
Nas sinagogas durante o dia de kipur são entoadas várias orações. Uma delas, curiosamente, é o Livro de Jonas. Para quem não sabe, Jonas era um profeta de quem se esperava que advertisse a cidade de Nínive que estava a caminho da destruição. Só que em vez de tentar entregar a mensagem, Jonas tentou fugir. O resto você já sabe: seu barco foi pego por uma tempestade e ele acabou engolido por uma baleia. Depois de arrepender-se, Deus o tirou de lá e ele voltou a Nínive para passar a mensagem. Eu particularmente imagino que essa leitura trabalhe com a nossa habitual descrença: e se eu não quiser ouvir aquela voz interior que me adverte? E se eu errar? A leitura deste livro mostra que o perdão é para todos, desde que o arrependimento seja sincero.
Então, amanhã à noite (os dias no calendário hebraico começam ao pôr-do-sol, mas isso é outra história...) enquanto você estiver jantando e assistindo jornal, milhões de judeus ao redor do mundo estarão entoando cânticos e orações pedindo a Deus um ano abençoado. Pra mim, pra você e pra cada um que habita este universo. Chag Sameach!
Nas sinagogas durante o dia de kipur são entoadas várias orações. Uma delas, curiosamente, é o Livro de Jonas. Para quem não sabe, Jonas era um profeta de quem se esperava que advertisse a cidade de Nínive que estava a caminho da destruição. Só que em vez de tentar entregar a mensagem, Jonas tentou fugir. O resto você já sabe: seu barco foi pego por uma tempestade e ele acabou engolido por uma baleia. Depois de arrepender-se, Deus o tirou de lá e ele voltou a Nínive para passar a mensagem. Eu particularmente imagino que essa leitura trabalhe com a nossa habitual descrença: e se eu não quiser ouvir aquela voz interior que me adverte? E se eu errar? A leitura deste livro mostra que o perdão é para todos, desde que o arrependimento seja sincero.
Então, amanhã à noite (os dias no calendário hebraico começam ao pôr-do-sol, mas isso é outra história...) enquanto você estiver jantando e assistindo jornal, milhões de judeus ao redor do mundo estarão entoando cânticos e orações pedindo a Deus um ano abençoado. Pra mim, pra você e pra cada um que habita este universo. Chag Sameach!
Para saber mais leia "O mais completo guia sobre judaísmo", do Rabino Benjamin Blech, publicado pela Editora Sefer e à venda nas melhores livrarias do país.
3 comentários:
fico contente, lilian, muito obrigada!
Chag Sameach, irmã!
Beijos
Lilian Dalledone, surpreso e feliz pela sua visita. Muito obrigado pelos elogios. Este tempo todo eu estava sem tempo. Mas já estou pondo as coisas no lugar.
Beijos!
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