
Não sei quando comecei a odiá-la, só sei que em muitos dias é difícil olhá-la nos olhos, e eu viro de costas pra ela antes de dormir, pra garantir uma noite tranqüila. Mas não entendo, a mágoa que dobro e guardo noite após noite parece dissipada pela manhã, quando ela se move com delicadeza para não me despertar e eu sinto as costas ainda mornas dos beijos que ela displicentemente depositou antes de sair. Aí esse corpo cansado de retrair-se fica de súbito relaxado, e o perfume suave no travesseiro dela me desperta lentamente só pra me mostrar que ela já não está. E quando todos os fantasmas da ausência deitam ao meu lado a imagem dela perde o brilho, fazendo a dor da falta que ela me faz pulsar forte em cada canto do meu ser em agonia. O amor que eu tento jurar mas não sai da minha boca transforma-se na raiva de não saber como contê-la, e todo dia eu a odeio. É por isso.
3 comentários:
Olá Lilian
Lindo texto! vc escreve muito bem!
Vou te adicionar em linha lista, ok?
Voltarei mais vezes!
beijos
Lilian,
Nossa fiquei encantada pelo seu blog, li por horas e não consegui parar de ler, parabens pelas autorias e tambem pelas outras que não são de sua autoria mas mesmo assim soube escolher com categoria...
Já sou sua seguidora ou amiga de fé como vc disse.
Um grande abraço.
Que bom, Alexandra, volte mais vezes!
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