sábado, 10 de outubro de 2009

Madrugada






















O amor desesperado
rasga as vestes da madrugada sonolenta
toma pra si, rancoroso e embriagado
a mulher que não pode conter.
Ela parece não querer
mas não importa:
a fome de possuir é maior que o medo
E ela há de pensar que foi um sonho
e consolar-se amanhã nos braços lanhados
do amor que dilacera-se em segredo.

Um comentário:

Iara Maria Carvalho disse...

"braços lanhados do amor"

linda imagem.

beijos...

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