Percebo novos sinais do tempo
diante do espelho mudo.
Olho incerta a nova ruga,
torcendo que ela não esteja
mas está.
Na tentativa de manter-me sã
encho a cabeça de lembranças.
Histórias muitas que eu não sei contar
e se acumulam
cristalinas
entre um fio e outro de cabelo branco.
Espelhos e paredes não me fazem falta
mas eu moro só.
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