sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Palavra




















Eu sangro toda palavra
nessa ânsia verborrágica
de dar nome a tudo.

A palpitação dolorosa
de não poder nominar
não estanca minha sangria.

Sigo testando as combinações
mudando os móveis de lugar
cortando os cabelos
evitando os espelhos
e fingindo alegria.
Nenhuma frase me basta.
Eu calo.

Exangue.
Exausta.

4 comentários:

EDUARDO POISL disse...

"... E de novo acredito que nada do que é
importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares

Abraços com todo meu carinho.
Um lindo domingo com muito amor e carinho

J.F. de Souza disse...

Poema que sangra
Poema que pulsa
Poema que vive

Paulo Tamburro disse...

ESTAVA PASSANDO POR AQUI E GOSTEI.VOLTAREI SEMPRE

VENHO CONVIDÁ-LA A CONHECER MEU BLOG DE HUMOR :

"HUMOR EM TEXTO".

UM ABRAÇÃO CARIOCA E ESPERO QUE NESTE NATAL VOCÊ E SEUS FAMILIARES FIQUEM COM DEUS!

Anônimo disse...

ler todo o blog, muito bom

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