
nesse abraço incontido
escondido
nas horas menos visíveis.
Rasga-me a blusa
saliente
com a fome que guardas
pra quando eu chegar.
Mata-me devagar
que eu ainda quero morder-te
reter o gosto da tua pele em mim
e marcar-te a carne com minha imprudência.
Beija-me com urgência
enquanto tentas fundir meu corpo
ao corpo que já não se sabe se teu
se meu.
Mata-me então
antes que eu sinta medo
e guarda em ti
em silêncio eterno
o que deve permanecer
segredo.