Encaracolados sóis entre meus dedos
pendem da cabecinha inocente
que aconchega os medos e dúvidas
no meu farto colo de mãe.
pra reter em meus longos braços
os abraços que não me dará
na adolescência.
Mas meu relógio
inclemente
Recusa-se a parar.
Resta-me o sorriso franco
de quem sabe que o tempo corre.
Eu aproveito.